quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Medindo o Tempo que Passa...


O tempo é uma abstração, ou seja, ele é considerado um devaneio da nossa mente, uma invenção humana...


Mas para que o ser humano teria inventado essa coisa de tempo?

No começo da nossa história, os processos agrícolas eram determinantes para a sobrevivência dos povos. Saber a época certa de plantar e colher, a época em que viria o frio, ou o calor era muito importante para a produção de alimentos.

Aqueles que observavam a natureza começaram a perceber os movimentos do sol, das estrelas e da lua. Perceberam que estes movimentos obedeciam a um ciclo constante, e a partir daí começaram a contar os períodos em que aconteciam. Assim, inventaram os calendários, e incluíram nestes as celebrações religiosas referentes aos ciclos da agricultura. As festas do Sol – ou do Fogo – datam ainda deste período.

Diferentes formas de contar o tempo decorreram de optar pelos movimentos do Sol ou da Lua. Os pescadores até hoje preferem o calendário lunar. (Será que isto tem relação com as marés?)


E por falar em lua, você sabe quantas luas um bebê permanece na barriga da mãe antes de nascer? Conte aqui.


Mas, a maioria dos calendários hoje, segue a orientação solar, que já era utilizada no Antigo Egito, há pelo menos 6000 anos. O chamado ciclo solar, na verdade obedece ao movimento de translação da Terra, pois é ela que gira ao redor do Sol...

Esta civilização tão desenvolvida também viu a necessidade de contar o tempo em suas atividades diárias. Para isto, baseou-se na observação das sombras solares sobre os objetos. Os mostruários dos relógios analógicos, ainda hoje, seguem este tipo de marcação ao redor de um eixo...


Para contar os períodos noturnos, os povos inventaram outros instrumentos: velas marcadas, ampulhetas e relógios d’água.

Os egípcios inventaram a clepsidra (clep quer dizer roubar e hydra quer dizer água). Funcionava assim: Uma tigela recebia marcações horizontais internas e tinha um furinho bem embaixo. Ela era cheia até a borda e na medida em que a água escorria, contava-se o tempo entre as marcações de nível.

Na Grécia ela era muito utilizada para controlar o tempo em que os políticos falavam em praça pública (alguma coisa assim como o horário eleitoral). Mas sempre havia os espertinhos que conseguiam driblar o tempo marcado mexendo um pouquinho na clepsidra... Você tem idéia do que eles faziam?


Os chineses inventaram uma engenhoca trabalhosa para medir o tempo. Eles utilizaram recursos da clepsidra, engrenagens e até um pêndulo! E alguns destes mecanismos, bastante aperfeiçoados, ainda são utilizados atualmente. Mas, daquela época até hoje, muita água rolou por debaixo da ponte – quer dizer, escorreu pelo furinho da clepsidra...

Diversos inventores contribuíram para o aperfeiçoamento dos relógios. Dizem até que Santos Dumont, mas há controvérsias. Bem, de qualquer forma, ele lançou a moda dos homens usarem relógios de pulso!

Medir o tempo tornou-se uma coisa tão séria que inventaram até o relógio atômico. Ele permite a medida mais precisa que existe.

Mas eu não sei se tudo isso é apenas uma questão de “tempo é dinheiro”, como dizem por aí. Acho que a coisa está relacionada com o passado e o futuro.


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